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Inaugurada em 2016, a usina hidrelétrica de Belo Monte está cercada de controvérsias. Custou R$ 30 bilhões aos cofres públicos, causou um impacto socioambiental enorme para os moradores das margens do rio Xingu, mas só alcançou sua capacidade máxima de geração de energia uma vez.

No sexto episódio de Tempo Quente, Giovana Girardi conta o que viu quando esteve por lá, em setembro de 2021.

OUTRO LADO: Posicionamento da Norte Energia enviado ao Tempo Quente em 8/7

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A líder indígena Tuíra Kayapó aponta facão para o então diretor da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, que defendia a construção da hidrelétrica de Kararaô, durante o 1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em 1989.

A líder indígena Tuíra Kayapó aponta facão para o então diretor da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, que defendia a construção da hidrelétrica de Kararaô, durante o 1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em 1989.© Flávio Rodrigues/CPdoc JB (disponível no site do Memorial da Democracia)

A hidrelétrica de Belo Monte, construída no rio Xingu, no Pará, é uma usina

A hidrelétrica de Belo Monte, construída no rio Xingu, no Pará, é uma usina “a fio d´água”, ou seja, tem um reservatório de água bem menor e acaba dependendo muito da vazão de água do próprio rio.
© Giovana Girardi

A região da Volta Grande do Xingu, onde fica a terra indígena Paquiçamba, do povo Juruna, foi especialmente afetada pela usina de Belo Monte. Na época de seca, o rio está muito mais baixo do que deveria estar porque é a usina que controla o fluxo da água. Isso afeta a pesca, a navegação e todo o modo de vida dos Juruna.

A região da Volta Grande do Xingu, onde fica a terra indígena Paquiçamba, do povo Juruna, foi especialmente afetada pela usina de Belo Monte. Na época de seca, o rio está muito mais baixo do que deveria estar porque é a usina que controla o fluxo da água. Isso afeta a pesca, a navegação e todo o modo de vida dos Juruna.© Giovana Girardi

O cacique Gilliard Juruna e sua filha Anita lutam para tentar minimizar o impacto da usina de Belo Monte.

O cacique Gilliard Juruna e sua filha Anita lutam para tentar minimizar o impacto da usina de Belo Monte.© Giovana Girardi

Giovana Girardi entrevista Bel Juruna, irmã do cacique Gilliard, que sempre acompanhou as reuniões com as empresas de energia antes da construção de Belo Monte.

Giovana Girardi entrevista Bel Juruna, irmã do cacique Gilliard, que sempre acompanhou as reuniões com as empresas de energia antes da construção de Belo Monte.© Claudio Angelo

Raimundo Braga Gomes, conhecido como Raimundo

Raimundo Braga Gomes, conhecido como Raimundo “Berro Grosso”, é um dos ribeirinhos que foram reassentados por causa da obra de Belo Monte.
© Giovana Girardi

Antes de Belo Monte, Raimundo vivia da pesca, como mostra na foto, mas hoje já não consegue mais tirar sustento do rio e sobrevive com uma ajuda de custo de menos de um salário mínimo por mês que a Norte Energia — a empresa responsável pela construção e pela operação da usina — oferece aos reassentados.

Antes de Belo Monte, Raimundo vivia da pesca, como mostra na foto, mas hoje já não consegue mais tirar sustento do rio e sobrevive com uma ajuda de custo de menos de um salário mínimo por mês que a Norte Energia — a empresa responsável pela construção e pela operação da usina — oferece aos reassentados.
© Giovana Girardi

REFERÊNCIAS DESTE EPISÓDIO

“Brasil, Construtor de Ruínas”, livro de Eliane Brum

O que foi o apagão de 2001?

Usina de Belo Monte põe em risco peixes raros do Rio Xingu (Giovana Girardi, Estadão, 2018)

O alto preço da modernidade de Belo Monte na vida da aldeia de Muratu (Repórter Brasil, 2016)

1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu (Memorial da Democracia)

De Kararaô a Belo Monte – a história de uma polêmica (Leonardo Sakamoto, UOL, 2011)

Belo Monte, a obra que une os polos políticos (Eliane Brum, El País, 2019)

Dilma no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (YouTube)

Estudo independente sobre impacto de Belo Monte nos peixes do Xingu

créditos Tempo Quente
Apresentação e reportagem Giovana Girardi
Roteiro Paula Scarpin e Giovana Girardi, com o apoio de Bárbara Rubira, Flora Thomson-DeVeaux e Arnaldo Branco
Coordenação Ana Magalhães e Bárbara Rubira
Produção Bárbara Rubira e Marcelle Darrieux
Consultoria Cristina Amorim e Claudio Angelo
Colaboração de desenvolvimento Rodrigo Alves
Direção criativa Paula Scarpin e Branca Vianna
Direção executiva Guilherme Alpendre
Música original Arthur Kunz
Edição Lucca Mendez
Sonorização Paula Scarpin e Júlia Matos
Direção de locução Mika Lins
Gravações em estúdio Confraria de Sons e Charutos e Estúdio Rastro
Captação de som externa Juliana Baratieri
Apoio de produção Clara Rellstab
Checagem Emerson Kimura
Apoio técnico e mixagem Pipoca Sound
Estratégia de promoção e distribuição Juliana Jaeger e FêCris Vasconcellos
Redes sociais e relacionamento Bia Ribeiro e Eduardo Wolff
Designer gráfico Mateus Coutinho
Edição de vídeo Thais Fernandes e André Paz
Identidade visual Natasha Gompers
Site Paula Carvalho e Amanda Gedra
apoio

Tempo Quente é um podcast original da Rádio Novelo realizado com recursos do Instituto Clima e Sociedade e Samambaia Filantropias.

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