No primeiro ato: uma viagem de descobrimento que, para variar, não descobriu nada. Por Branca Vianna.
No segundo ato: o “cavalo de Troia da Zona Sul”. Por Tiago Coelho.
Em 1856, uma expedição partiu da Corte, no Rio de Janeiro, para desbravar um território desconhecido, misterioso, e potencialmente valioso (aos olhos dos expedicionários). A questão é que esse território não era novo. Ele já fazia parte do Brasil há muito tempo naquela altura. E tinha muita gente morando lá. Era o Ceará.
Como uma linha de ônibus pode explicar uma cidade? O 474 (Jacaré-Copacabana), não é a única linha que une a Zona Norte à Zona Sul do Rio de Janeiro. Mas ao longo das décadas de sua existência, ele tem sido um para-raios de conflitos que revelam as cisões da cidade. Ao longo de uma conversa e de uma viagem no 474, Gabriel Weber – um morador do Jacaré que dedicou a dissertação de mestrado à linha que passa na porta da casa dele – e Tiago Coelho – repórter da piauí que estreou na revista com um ensaio sobre a linha – tentam destrinchar o que faz do 474 “a linha do inferno” – e para quem.
(Essa história foi produzida com apoio do Instituto Pólis, organização que há mais de 35 anos defende o direito à cidade como o direito de todas as pessoas de ocupar e viver plenamente a cidade)
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