OUVIR
Episódio 76

Minha obra, minhas regras

Eu que fiz, eu destruo se eu quiser.

09 MAI 2024

No primeiro ato: um poeta de Instagram contrariado. Por Bárbara Rubira.

No segundo ato: a fotógrafa que destruiu o próprio acervo. Por Maria Cecília Carboni.


APRESENTAÇÃO ATO 1
Inversos escusos

Em 2017, o cearense Moacir Fio participou de um encontro de discussões sobre poesia — tema muito caro para ele, um apaixonado por literatura. Mas junto com outros participantes, ele ficou um pouco contrariado quanto ao enfoque sugerido para o encontro: a obra da indiano-canadense Rupi Kaur, cujos textos faziam grande sucesso nas redes sociais. Para Moacir e os críticos, eram exemplos da “poesia de Instagram”: poemas com temas de fácil identificação, mas abordados com pouca profundidade, e que podiam ser consumidos sem grande esforço, rolando o feed das redes.

Moacir decidiu, então, fazer um experimento: criar um perfil para publicar, ele mesmo, sua própria “poesia de Instagram”. Poemas curtos, sobre sentimentos e temas cotidianos, escritos por ele em poucos minutos, nos intervalos do trabalho. Era, para ele, um jeito de provar que qualquer um podia fazer sucesso nesse estilo literário. Mas o que surgiu como uma brincadeira entre amigos acabou perdendo a graça muito rápido.

GALERIA1 / 4
Poema

Poema “orquidário”, do perfil Inversos Escusos© Acervo pessoal de Moacir Fio

Poema

Poema “solidão”, do perfil Inversos Escusos© Acervo pessoal de Moacir Fio

Poema

Poema “encontro”, do perfil Inversos Escusos© Acervo pessoal de Moacir Fio

Poema

Poema “distância”, do perfil Inversos Escusos© Acervo pessoal de Moacir Fio

APRESENTAÇÃO ATO 2
Os rastros da Dulce

Quando Maria Cecília Carboni ouviu falar de Dulce Carneiro pela primeira vez, ela já foi apresentada a ela como: “a fotógrafa que destruiu o próprio acervo”. Maria Cecília pesquisa justamente o papel da fotografia como rastro – como aquilo que sobra quando as pessoas morrem e as paisagens mudam. Ao mesmo tempo perplexa e fascinada, ela tentou seguir os rastros possíveis de Dulce – da infância em Atibaia, passando pelos poemas reverenciados por Oswald de Andrade, pela moda, pelo movimento fotoclubista, pela fotografia profissional, até a destruição da própria obra e o autoexílio no fim da vida.

GALERIA1 / 7
Foto de Dulce Carneiro.

Foto de Dulce Carneiro.© Maurício Carneiro

Ficha de sócio de Dulce Carneiro no Foto-cine Clube Bandeirante.

Ficha de sócio de Dulce Carneiro no Foto-cine Clube Bandeirante.© Clube Bandeirante

Envelope do Estúdio Dulce Carneiro com carta endereçada a Roberto Burle Marx.

Envelope do Estúdio Dulce Carneiro com carta endereçada a Roberto Burle Marx.© Instituto Burle Marx

Fotografia de Dulce Carneiro:

Fotografia de Dulce Carneiro: “O azul”.© Galeria Utópica

Fotografia de Dulce Carneiro:

Fotografia de Dulce Carneiro: “Obra do Centro Cultural São Paulo”.© Galeria Utópica

Capa do livro

Capa do livro “120 frases para você chegar aos 120 quilos”, de Dulce Carneiro.© Acervo Ciça Carboni

Capa do livro

Capa do livro “Além da Palavra”, de Dulce Carneiro.© Acervo Ciça Carboni

Inscreva-se no podcast em seu aplicativo preferido
créditos do episódio
Apresentação Branca Vianna
Reportagem Bárbara Rubira e Maria Cecília Carboni
Direção criativa Paula Scarpin e Flora Thomson-DeVeaux
Direção executiva Guilherme Alpendre
Gerente executiva Marcela Casaca
Gerente de produto e audiência Juliana Jaeger
Produtores sênior Vitor Hugo Brandalise, Évelin Argenta, Bia Guimarães, Sarah Azoubel e Carol Pires
Produtoras Bárbara Rubira, Natália Silva e Júlia Matos
Checagem Luiza Silvestrini e Bruno Lima
Música original Chico Corrêa
Música adicional Blue Dot
Mixagem Pipoca Sound
Desenvolvimento de produto e audiência Bia Ribeiro
Coordenador de ilustração e design Gustavo Nascimento
Estagiária Isabel de Santana
Utilizamos cookies

Utilizamos cookies para personalizar e melhorar a experiência na navegação e analisar o tráfego e utilização do nosso site.