No primeiro ato: um registro da memória através das décadas. Por Bárbara Rubira.
No segundo ato: uma tentativa de se atualizar depois de seis meses offline. Por Branca Vianna.
No terceiro ato: a crônica da moda sedutora e perigosa que foi a sonoterapia. Por Flora Thomson-DeVeaux.
Nos anos 1970, quando teve seu primeiro filho, o jornalista Alberto Villas ouviu de um pediatra que as crianças, ao crescerem, deixam de se lembrar de coisas que aconteceram até os sete anos de idade. Foi aí que ele decidiu comprar um caderno pra registrar os acontecimentos — familiares e noticiosos — de cada dia dos primeiros sete anos de vida do primogênito.
Anos depois, em 1990, Alberto retomou a ideia com o nascimento da terceira filha, Maria Clara. Mas dessa vez, ele não quis parar os registros quando a filha completou sete anos. Hoje, aos 32, Maria Clara tem na casa dos pais cadernos que registram todos os dias de sua vida.
Em outubro de 2021, Luciana Franzolin entrou em coma. Para efeitos práticos, ela também entrou num túnel do tempo, porque quando ela começou a acordar, já era abril de 2022. Muita coisa tinha acontecido –no mundo, no país, na família dela. Mas uma coisa chamou particularmente a atenção dela: Olavo de Carvalho tinha morrido.
Agradecimento aos ouvintes que contribuíram com áudios por WhatsApp para ajudar a preencher o lapso temporal: Ana Paula Lemes de Souza, Ariana L. Murer Giovannini, Barbara Pantani Amato Balian, Beatriz Rocha, Camila dos Reis Lima, Camilla, Cíntia Marcucci, Cláudia, Eloise Medice Colontonio, Estevão Balado, Fabi, Jandira Oliveira, Julio Lima, Laura, Marcela M. M. Barbieri, Milene Venter, Monica de Melo, Natalia, Olivia Laban, Raquel Cantarelli, Renata C. Gomes de Souza, Rita Grego, Samira, Sofia, Stella Correa, Thiago Maciel Ramos, Vinícius Figueiredo de Brito e Violeta Régnier Galvão.
Durante boa parte do século XX, os nevrálgicos, atormentados, estafados e traumatizados tinham um tratamento para chamar de seu. Consistia num sono químico que podia durar dias ou semanas, a depender das necessidades do paciente – e dentre os pacientes mais ilustres havia Carlos Lacerda, Grande Otelo, Garrincha e Brigitte Bardot (olha essa lista). O que essa técnica esquecida nos diz sobre a gente? E o que o Praia dos Ossos tem a ver com isso?
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