No primeiro ato: o que há de moderno e antiquado no ChatGPT, a inteligência artificial do momento. Por Gisele Lobato.
No segundo ato: uma carona arriscada em Anapu. Por Giovana Girardi.
Quando três grandes vinícolas do Rio Grande do Sul foram acusadas de submeter pessoas a condições de trabalho análogas à escravidão, uma associação de empresários de Bento Gonçalves decidiu escrever uma nota sobre o caso. Em vez de reduzir a repercussão negativa, o conteúdo do texto causou revolta por se esquivar da responsabilidade e culpar os próprios trabalhadores pela situação degradante.
Acompanhando o desdobramento desta história em redes sociais, a jornalista Gisele Lobato, especializada na cobertura de direitos humanos e questões trabalhistas, se deparou com outras versões de notas sobre o caso mais razoáveis do que a escrita pelos empresários. Por trás destes textos não estava um grupo de pessoas, mas uma inteligência artificial: o ChatGPT.
Neste ato, Gisele reúne Rodrigo Menegat, jornalista especializado em dados e programação, e Lucas Lattari, doutor em ciências da computação, numa reflexão sobre o que o funcionamento do Chat GPT revela sobre o passado, o presente e o futuro do mercado de trabalho.
Enquanto realizava a apuração do podcast Tempo Quente, um original da Rádio Novelo, em 2021, a repórter Giovana Girardi passou um dia em Anapu, no Pará. A cidade de cerca de 28 mil habitantes é onde a missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada, em 2005. E ela não foi a única. Ao longo das últimas décadas, a disputa fundiária em Anapu transformou a cidade em um barril de pólvora.
No trajeto até Anapu, Giovana e o jornalista Claudio Angelo, seu companheiro de viagem, tinham mais um passageiro no carro: o padre Amaro. Considerado um dos sucessores do trabalho de Dorothy, o padre recebe frequentemente ameaças de morte.
O projeto pelo qual a Irmã Dorothy morreu é justamente o projeto que a gestão Marina Silva vai ter que fazer vingar para salvar a Amazônia. Em Anapu, encontramos os escombros de uma utopia, uma visão do que a região poderia ter sido e ainda poderá ser.
Utilizamos cookies para personalizar e melhorar a experiência na navegação e analisar o tráfego e utilização do nosso site.