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Episódio 22

Vejo o futuro repetir o passado

Histórias de ontem que podem ser de amanhã

20 ABR 2023

No primeiro ato: o que há de moderno e antiquado no ChatGPT, a inteligência artificial do momento. Por Gisele Lobato.

No segundo ato: uma carona arriscada em Anapu. Por Giovana Girardi.


APRESENTAÇÃO ATO 1

A colheita

Quando três grandes vinícolas do Rio Grande do Sul foram acusadas de submeter pessoas a condições de trabalho análogas à escravidão, uma associação de empresários de Bento Gonçalves decidiu escrever uma nota sobre o caso. Em vez de reduzir a repercussão negativa, o conteúdo do texto causou revolta por se esquivar da responsabilidade e culpar os próprios trabalhadores pela situação degradante.

Acompanhando o desdobramento desta história em redes sociais, a jornalista Gisele Lobato, especializada na cobertura de direitos humanos e questões trabalhistas, se deparou com outras versões de notas sobre o caso mais razoáveis do que a escrita pelos empresários. Por trás destes textos não estava um grupo de pessoas, mas uma inteligência artificial: o ChatGPT.

Neste ato, Gisele reúne Rodrigo Menegat, jornalista especializado em dados e programação, e Lucas Lattari, doutor em ciências da computação, numa reflexão sobre o que o funcionamento do Chat GPT revela sobre o passado, o presente e o futuro do mercado de trabalho.

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Tweet do @1iversoDiscreto com texto do ChatGPT analisando a nota de posicionamento do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves

Tweet do @1iversoDiscreto com texto do ChatGPT analisando a nota de posicionamento do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves© @1iversoDiscreto

Tweet do @RDAMIAO com texto do ChatGPT analisando a nota de posicionamento do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves

Tweet do @RDAMIAO com texto do ChatGPT analisando a nota de posicionamento do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves© @RDAMIAO

Tweet do @RodrigoManegat simulando como o ChatGPT escreveria uma nota de posicionamento sobre o caso das três vinícolas gaúchas acusadas de manter trabalhadores em situação análoga à escravidão

Tweet do @RodrigoManegat simulando como o ChatGPT escreveria uma nota de posicionamento sobre o caso das três vinícolas gaúchas acusadas de manter trabalhadores em situação análoga à escravidão© @RodrigoMenegat

Tweet do @RodrigoManegat com texto do ChatGPT se recusando a escrever uma nota de posicionamento como a do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves

Tweet do @RodrigoManegat com texto do ChatGPT se recusando a escrever uma nota de posicionamento como a do Centro de Indústria e Comércio de Bento Gonçalves© @RodrigoMenegat


APRESENTAÇÃO ATO 2

Barril de pólvora

Enquanto realizava a apuração do podcast Tempo Quente, um original da Rádio Novelo, em 2021, a repórter Giovana Girardi passou um dia em Anapu, no Pará. A cidade de cerca de 28 mil habitantes é onde a missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada, em 2005. E ela não foi a única. Ao longo das últimas décadas, a disputa fundiária em Anapu transformou a cidade em um barril de pólvora.

No trajeto até Anapu, Giovana e o jornalista Claudio Angelo, seu companheiro de viagem, tinham mais um passageiro no carro: o padre Amaro. Considerado um dos sucessores do trabalho de Dorothy, o padre recebe frequentemente ameaças de morte.

O projeto pelo qual a Irmã Dorothy morreu é justamente o projeto que a gestão Marina Silva vai ter que fazer vingar para salvar a Amazônia. Em Anapu, encontramos os escombros de uma utopia, uma visão do que a região poderia ter sido e ainda poderá ser.

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Irmã Jane e Padre José Amaro Lopes de Souza, que eram companheiros da irmã Dorothy Stang na Pastoral da Terra em Anapu

Irmã Jane e Padre José Amaro Lopes de Souza, que eram companheiros da irmã Dorothy Stang na Pastoral da Terra em Anapu© Giovana Girardi

Cruz no meio da estrada do Projeto de Desenvolvimento Sustentável onde a irmã Dorothy foi assassinada, em Anapu

Cruz no meio da estrada do Projeto de Desenvolvimento Sustentável onde a irmã Dorothy foi assassinada, em Anapu© Giovana Girardi

O túmulo da irmã Dorothy, em Anapu. Ao lado, uma cruz com os nomes de 19trabalhadores rurais que foram assassinados a partir de 2015, quando a violência voltou a recrudescer na região

O túmulo da irmã Dorothy, em Anapu. Ao lado, uma cruz com os nomes de 19trabalhadores rurais que foram assassinados a partir de 2015, quando a violência voltou a recrudescer na região© Giovana Girardi

REFERÊNCIAS DESTE EPISÓDIO

A nota de posicionamento divulgada pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves após o resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão

Tempo Quente, podcast original da Rádio Novelo apresentado por Giovana Girardi

Reportagem da Exame sobre a prisão do padre Amaro, em março de 2018

Reportagem do G1 sobre a determinação de soltura do padre Amaro, em junho de 2018

Análise da Comissão Pastoral da Terra sobre o inquérito que motivou a prisão de padre Amaro

Reportagem da Repórter Brasil sobre a disputa fundiária em Anapu

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créditos do episódio
Apresentação Branca Vianna
Reportagem Giovana Girardi e Gisele Lobato
Direção criativa Paula Scarpin e Flora Thomson-DeVeaux
Direção executiva Guilherme Alpendre
Gerente de criação Tiago Rogero
Gerente executiva Marcela Casaca
Gerente de produto e audiência Juliana Jaeger
Produtores sênior Vitor Hugo Brandalise, Évelin Argenta e Bia Guimarães
Produtoras Bárbara Rubira, Gabriela Varella, Júlia Matos e Natália Silva
Montagem Paula Scarpin
Desenho de som Paula Scarpin e Tiago Rogero
Música original Stela Nesrine e Amon Medrado
Música adicional Blue Dot
Mixagem Pipoca Sound
Desenvolvimento de produto e audiência Bia Ribeiro e FêCris Vasconcellos
Conteúdo de redes sociais Gilberto Porcidonio
Designer Mateus Coutinho
Episódio 21
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