No primeiro ato: ao longo dos anos 80 e durante boa parte dos anos 90, uma figura sui generis aterrorizou figuras públicas país afora. O que o Beijoqueiro nos diz sobre o que o Brasil é ou já foi? Por Flora Thomson-DeVeaux.
No segundo ato, o impressionante arco narrativo dos jumentos – de “símbolo do nordeste”, ao desemprego total com a chegada das motos, até a exportação desenfreada para a China. Por Clara Rellstab e Gabriela Varella.
APRESENTAÇÃO ATO 1
O taxista português José Alves de Moura surgiu na vida pública em 1980 ao invadir o palco no Maracanã e beijar Frank Sinatra no meio de um show. Nasceu ali o Beijoqueiro. Moura, encorajado pela atenção, começou a apostar cada vez mais alto: resolveu beijar o Papa (check), o presidente (check), e continuou anos 80 e 90 afora, beijando e apanhando de seguranças.
Revisitamos a trajetória dele numa conversa com Carlos Nader, que fez o documentário “Serial Kisser” sobre o Beijoqueiro em 1992. Carlos sempre considerava o Beijoqueiro um artista, e acha que ele simbolizava uma época mais ingênua na vida do país. Que Brasil foi esse que entrou em extinção junto com o Beijoqueiro?
APRESENTAÇÃO ATO 2
Clara Rellstab cresceu no sertão baiano e se acostumou a ver os jumentos como meio de transporte de gente e de água. Testemunhou a substituição deles por motos com o crescimento econômico da região no começo dos anos 2000. E, mais recentemente, soube do risco de extinção da raça “jumento nordestino”, em um artigo acadêmico.
Em parceria com Gabriela Varella, entrevistou ativistas de proteção aos jumentos, acadêmicos e uma professora de chinês – que ajudaram a entender o fenômeno.
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