No primeiro ato: uma roça, uma escola, e uma aldeia revelam o quão difícil é comer bem no Brasil. Por Juliana Faddul e Rodrigo Pedroso.
No segundo ato: a difícil arte de transar quando você tem deficiência e mora no Brasil. Por Paula Scarpin.
Alguns anos atrás, Adelina Ramos teve uma epifania. Na aldeia tikuna onde ela morava, a comunidade sofria com a dificuldade de escoar a produção da roça. Abacaxi, banana, mandioca, milho, tudo sobrava e apodrecia. E enquanto isso, na escola municipal, os filhos dos agricultores estavam comendo macarrão com salsicha e suco em pó. A Adelina parecia estar com a faca e o queijo na mão para resolver a situação –um problema poderia virar a solução do outro. Só que nada é tão simples assim.
(Essa história foi produzida em parceria com o Brazil LAB do Instituto de Estudos Internacionais e Regionais da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos – que é uma iniciativa acadêmica que considera o Brasil um nexo planetário vital. Conheça mais em brazillab.princeton.edu)
Tem uma série de coisas que vêm à cabeça quando se pensa em acessibilidade: rampa, elevador, intérprete, sinalização… Mas essas acomodações não costumam chegar num lugar específico, e muito sensível: a cama. Não a cama em si, mas o que rola lá, se é que você me entende.
Tem uma definição do feminismo que é: “feminismo é a ideia radical de que mulheres são seres humanos”. No filme Assexybilidade, o diretor Daniel Gonçalves faz um manifesto igualmente “radical”: o de que pessoas com deficiência têm vida sexual. Neste ato, dois entrevistados do filme relembram alguns episódios de suas vidas que tinham tudo para ser corriqueiros na vida de qualquer pessoa – mas nas deles, por falta de políticas de acessibilidade, demandaram muito mais trabalho.
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