Quando o solo de Maceió tremeu em 2018, muita gente foi pega de surpresa. O ecologista José Geraldo Marques não foi uma dessas pessoas. Zé Geraldo dedicou a vida toda a apontar os problemas da extração de sal-gema pela Braskem na capital alagoana. Foi ridicularizado, perseguido e ameaçado de morte, até que se viu obrigado a sair de Alagoas. Quando voltou, viu a própria casa e a vizinhança inteira ruírem, afundarem, graças à mineração descontrolada. Há décadas, Zé Geraldo vem profetizando o desastre de Maceió que finalmente ganhou a mídia – mas tal qual Cassandra, de Homero, ele não foi ouvido. E o resultado é um gigantesco “presente de grego”. Por Évelin Argenta e Caranto Media
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