No primeiro ato: um Gaudí em solo brasileiro, um “diabinho de pessoa”, ou ambos? A história de Antonio Virzi, o arquiteto polêmico por trás de um dos prédios mais estranhos que o Rio de Janeiro já viu. Por Flora Thomson-DeVeaux.
No segundo ato: por um curto período de tempo entre o fim dos anos 1980 e o começo dos 1990, o Brasil foi mais seguro do que é hoje para uma pessoa que queira ou precise fazer um aborto. Mas foi meio sem querer. Por Natália Silva.
APRESENTAÇÃO ATO 1
Há alguns anos, a Flora Thomson-DeVeaux estava lendo um livro sobre as ruas do Rio de Janeiro quando ela se deparou com uma frase enigmática. O autor comentava prédios marcantes da Rua da Glória; numa determinada altura ele mencionava, sem explicar mais nada, a construção “mais bizarra” que a cidade já tinha visto. Nasceu uma obsessão: com o prédio bizarro, que vinha a ser a Fábrica do Elixir de Nogueira, e o arquiteto que criou aquela bizarrice, um italiano chamado Antonio Virzi. Um passeio pela vida, as obras, e as tretas desse arquiteto sui generis.
APRESENTAÇÃO ATO 2
Às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, o debate entre os presidenciáveis teve um momento inesperado de “merchan”. Lula cobrava a incoerência de seu rival, hoje contra o aborto, mas que já tinha defendido a distribuição de pílulas abortivas – e Bolsonaro, indignado, soltou: “Abortivo é o Cytotec!”
Para muita gente, foi a primeira vez que ouviram o nome. Mas para outros, Cytotec era um velho conhecido – pro bem e pro mal. Mergulhamos na longa história de como um medicamento para gastrite e úlceras transformou a vida das mulheres brasileiras, e foi transformado por elas.
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