No primeiro ato: o dia em que o Brasil parou, em plena ditadura militar, para ver uma mãe de santo incorporada por um Exu na TV. Por Tiago Rogero
No segundo ato: uma história de dois Carnavais e uma lenda autoritária. Por Emerson Saboia
TV em transe
No mesmo dia, em 1971 — em plena ditadura militar —, uma mãe de santo participou ao vivo dos dois principais programas da TV aberta brasileira. Incorporada por um Exu, Mãe Cacilda de Assis transformou o palco dos programas do Chacrinha (na TV Globo) e do Flávio Cavalcanti (na TV Tupi) em extensões do seu terreiro. Parte da plateia e parte dos funcionários entraram em transe, ao vivo em rede nacional. O que aconteceu nesse dia acabou mudando para sempre a história de Mãe Cacilda e da TV brasileira.
Fumacê
O que é um Carnaval sem maconha? A pergunta quase parece filosófica –o que seria da folia sem a erva onipresente, não é mesmo? –mas num passado recente, se tornou muito concreta. Na região do Recife, o último Carnaval antes da chegada da pandemia foi abalado por uma operação policial que destruiu mais de um milhão de pés da planta, obrigando os foliões a encarar o impensável.
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