No primeiro ato: um asteroide e uma tentativa de redenção. Por Vinicius Luiz.
No segundo ato: um texto, um equívoco e tudo o que mudou depois dele. Por Juliana Deodoro.
Quem identifica um novo corpo celeste tem o privilégio de dar um nome a ele. Dependendo do tipo e da localização desse objeto, a União Astronômica Internacional estabelece algumas regras para o batismo. Em alguns casos, só são permitidos nomes mitológicos, de qualquer cultura.
Cansados de olhar para o céu e ver tantos astros com nomes de mitos gregos e romanos, um grupo de astrônomos amadores de Minas Gerais decidiu batizar um asteroide em homenagem a um personagem folclórico bem popular no Brasil. Eles já estavam até imaginando a Mula-sem-cabeça galopando e relinchando espaço afora. Até que veio a decepção.
No começo dos anos 2000, uma crônica assinada por Luis Fernando Veríssimo começou a lotar as caixas de e-mails dos internautas brasileiros. Invariavelmente associado a um Powerpoint com letras em WordArt, o texto logo ganhou o mundo. Foi traduzido para diversas línguas e até ganhou uma edição no Salão do Livro de Paris. Só que o que pouca gente sabia é que o texto não era do Verissimo. Enquanto a crônica viralizava por aí, a verdadeira criadora do texto tentava, em vão, provar sua autoria.
Até que um dia tudo mudou. Inclusive a vida dela.
Utilizamos cookies para personalizar e melhorar a experiência na navegação e analisar o tráfego e utilização do nosso site.