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Episódio 35

Encarando o abismo

Histórias no instante antes da queda

20 JUL 2023

No primeiro ato: duas meninas, um cavalo “objetivamente grande”, e uma aventura de verão que virou uma tragicomédia. Por Flora Thomson-DeVeaux.

No segundo ato: um plano inédito para salvar o aquífero mais utilizado do Brasil. Por Vitor Hugo Brandalise.


Encarando o abismo

A conversa em cima do cavalo

Quando ela tinha doze anos, a Gabi caiu do cavalo. Literalmente. Foi um dia no sítio da família, um lugar onde vagavam bandos de crianças selvagens nas férias de verão, e onde a mãe dela deixava a horda infantojuvenil se autogerir durante o dia enquanto ela trabalhava. Gabi se considerava autossuficiente e andava no cavalo velho do sítio há anos, então num dia ela convidou a melhor amiga, Emília, a andar junto com ela.

Tudo correu bem até os 45 do segundo tempo. Na hora de descer do cavalo, as meninas empacaram. E depois de uma manobra desastrada, as duas se viram penduradas de lado, ainda no ar, com o cavalo perigando cair em cima delas. Durante minutos, elas se debatiam: pular ou não pular? Fazer o quê? A decisão que elas tomaram mudou a vida de uma delas.

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Gabi em cima do cavalo Aimoré

Gabi em cima do cavalo Aimoré© Acervo pessoal/Gabi

Gabi em cima do cavalo Aimoré

Gabi em cima do cavalo Aimoré© Acervo pessoal/Gabi

Gabi e Emília

Gabi e Emília© Acervo pessoal/Gabi

Gabi com o braço quebrado depois do acidente

Gabi com o braço quebrado depois do acidente© Acervo pessoal/Gabi


APRESENTAÇÃO ATO 2

Pororoca aquífera

Desde os anos 80, o hidrogeólogo Ricardo Hirata acompanha o lento movimento do Aquífero Guarani, o segundo maior reservatório de água subterrânea do mundo. Até que, em meados dos anos 2000, ele constatou: o Guarani está começando a secar – e justamente na área de onde mais se tira água e que abastece cerca de 15 milhões de pessoas. E então ele bolou um plano para salvar o aquífero. Mas não qualquer plano: uma iniciativa que nunca foi testada no mundo.

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Ricardo Hirata na época que era aluno de Geologia da USP

Ricardo Hirata na época que era aluno de Geologia da USP© Acervo pessoal/Ricardo Hirata

A geóloga brasileira Rosa Beatriz Gouvêa da Silva

A geóloga brasileira Rosa Beatriz Gouvêa da Silva© Centro Informação Mulher

Sala em homenagem a Rosa no Centro Informação Mulher – CIM (Brasil)

Sala em homenagem a Rosa no Centro Informação Mulher – CIM (Brasil)© Centro Informação Mulher

REFERÊNCIAS DESTE EPISÓDIO

Estudo hidroquímico e isotópico das águas subterrâneas do aqüífero Botucatu no Estado de São Paulo, de Rosa Beatriz Gouvêa da Silva (Tese de Doutorado, USP, 1983)

A revolução silenciosa das águas subterrâneas no Brasil, por Ricardo Hirata e outros autores (Instituto Trata Brasil, 2019)

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créditos do episódio
Apresentação Branca Vianna
Reportagem Vitor Hugo Brandalise e Flora Thomson-DeVeaux
Direção criativa Paula Scarpin e Flora Thomson-DeVeaux
Direção executiva Guilherme Alpendre
Gerente de criação Tiago Rogero
Gerente executiva Marcela Casaca
Gerente de produto e audiência Juliana Jaeger
Produtores sênior Vitor Hugo Brandalise, Évelin Argenta e Bia Guimarães
Produtoras Bárbara Rubira, Júlia Matos e Natália Silva
Checagem Plinio Lopes e Denise Ribeiro
Desenho de som Paula Scarpin, Júlia Matos e Bia Guimarães
Música original Kiko Dinucci
Música adicional Blue Dot
Mixagem Pipoca Sound
Desenvolvimento de produto e audiência Bia Ribeiro
Conteúdo de redes sociais Gilberto Porcidonio
Designer Mateus Coutinho
Episódio 34
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