No primeiro ato: Aos 10 anos, Gaía Passarelli recebeu da tia uma carta sob sigilo de 30 anos. O prazo passou e a carta seguia fechada, até que a curiosidade alheia a forçou a encarar o passado. Por Natália Silva
No segundo ato: Na infância, a voz fina de Olívia Lopes incomodava a família e os amigos. Já adulta, ela entendeu o significado mais profundo por trás disso. Por Dani Avelar
A carta
No seu aniversário de 10 anos, a escritora Gaía Passarelli ganhou de uma tia querida um livro com uma carta dentro – que só poderia ser lida dali a 30 anos. O tempo passou, o prazo para o fim do sigilo também e o livro continuava fechado.
Um dia, Gaía contou essa história em seu perfil no Twitter. Dezenas de pessoas pediram para que ela abrisse a carta. A produtora Natália Silva viu a postagem e se voluntariou para fazer companhia para a escritora durante a leitura, mas não sem antes entender o motivo da demora.
A repórter Dani Avelar (esq) conversa com a cantora Olívia Lopes (dir) Foto ©Divulgação
Voz XYZ
As vidas da cantora Olívia Lopes e da repórter Dani Avelar se cruzaram durante um musical sobre a história de Brenda Lee, que criou uma casa de acolhimento para pessoas trans atingidas pela epidemia de HIV. O lugar, conhecido como Palácio das Princesas, virou um ponto de referência para a comunidade LGBTQIA+ de São Paulo.
Ao ver Olívia e outras travestis cantando, Dani se identificou – e foi assim, vendo as outras, que ela mesma se entendeu como uma mulher trans. Olívia e Dani se encontraram em um estúdio para conversar sobre seus processos de transição e como o meio artístico, pretensamente progressista, reproduz limitações de gênero.
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