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Episódio 9

Castelo de cartas

Basta um empurrãozinho pra história virar do avesso

19 JAN 2023

No primeiro ato: uma conversa com um fabulista antes da queda. Por João Batista Jr. e Flora Thomson-DeVeaux

No segundo ato: os perigos de investigar as lendas familiares. Por Paula Scarpin.

APRESENTAÇÃO ATO 1



The Great George

Em 2022, George Santos fez algo improvável: ele, um candidato republicano ao Congresso norte-americano, foi eleito deputado por um distrito de Nova Iorque, um estado tradicionalmente democrata. Mais surpreendente ainda era o perfil dele: um filho de imigrantes brasileiros, católicos, de origem humilde, que tinha feito sua fortuna no mercado financeiro, agora iria representar um distrito rico e predominantemente judaico. Ainda por cima, ele era gay e republicano, e derrotou um rival democrata também gay, numa corrida inédita. Por tudo isso, o repórter da revista piauí João Batista Jr. quis entrevistá-lo, logo depois da vitória, no começo de dezembro.

A entrevista, num primeiro momento, pareceu desinteressante, cheia de platitudes, respostas vagas e fake news. Mas, semanas depois, o New York Times revelou que boa parte da biografia do candidato – a formação, a carreira, a fortuna – era ou inteiramente falsa ou mal explicada. Revisitamos a entrevista para tentar entender o que tinha de verdade ali.

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George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos

George Santos em campanha para o Congresso americano, nos Estados Unidos© Reprodução/Twitter George Santos

APRESENTAÇÃO ATO 2


A bisa fantástica

Tem coisas que não resistem a um Google, né? Quando a Carol Pires ouviu de familiares que a bisavó dela teria sido a mulher mais velha do mundo, ela viu rapidamente que não era o caso. Mas algo a fez retomar a pesquisa, e foi aí que ela seguiu um rastro de matérias antigas documentando a descoberta, por um recenseador, de uma senhora de, supostamente, 154 anos. Era a antepassada de Carol: Delfina da Costa Freire, moradora de uma cidadezinha perto de Brasília.

De matéria em matéria, Carol foi topando com informações inacreditáveis sobre a vida dessa antepassada que se lembrava da Guerra do Paraguai e da Abolição da Escravatura, e que creditava sua longevidade aos remédios tradicionais. O problema foi que ela continuou a pesquisa – e a história começou a desmoronar.

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Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos

Jornais registraram Delfina como uma mulher que viveu 154 anos© Arquivo pessoal Carol Pires

REFERÊNCIAS DESTE EPISÓDIO

“Did George Santos lie about everything?” (Vox, 2023)

“A falsa herdeira russa que aplicou golpe na elite de Nova York” (The Cut, 2022)

“Marcelo Nascimento” (Trip, 2011)

“O estelionatário” (piauí, 2019)

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créditos do episódio
Apresentação Branca Vianna
Reportagem João Batista Jr., Flora Thomson-DeVeaux, e Paula Scarpin
Direção criativa Paula Scarpin e Flora Thomson-DeVeaux
Direção executiva Guilherme Alpendre
Gerente de criação Tiago Rogero
Gerente executiva Marcela Casaca
Gerente de produto e audiência Juliana Jaeger
Produtores sênior Vitor Hugo Brandalise e Évelin Argenta
Produtoras Bárbara Rubira, Clara Rellstab, Gabriela Varella, Júlia Matos e Natália Silva
Desenho de som Paula Scarpin
Checagem Marcella Ramos
Música original Luna França e Blue Dot
Mixagem Pipoca Sound
Desenvolvimento de produto e audiência Bia Ribeiro e FêCris Vasconcellos
Conteúdo e engajamento de redes sociais Eduardo Wolff
Designer Gabriel Medeiros e Laura Ashley
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