No primeiro ato: uma conversa que testou os limites da comunicabilidade. Por Branca Vianna
No segundo ato: como a queda de um avião transformou uma região inteira. Por Letícia Leite
APRESENTAÇÃO ATO 1
Julio Villanueva Chang é um escritor e jornalista peruano que tá caçando boas histórias e personagens excepcionais pelas Américas há anos. Um desses personagens excepcionais que estava no radar dele era o Oscar Niemeyer, o arquiteto por trás dos prédios de Brasília. Em 2007, na época do centenário do Niemeyer, Chang tentou entrevistá-lo e não conseguiu.
Em 2010, ele estava no Brasil de novo e recebeu um chamado: se você quiser entrevistar o Niemeyer, materialize-se no escritório dele daqui a uma hora. Chang obedeceu e fez a entrevista de supetão. A conversa foi um pouco travada porque Chang não fala português e – descobriu-se na hora – Niemeyer não falava espanhol. Foi só quando Carol Pires ajudou Chang a decifrar a conversa que ele tinha gravado que ficou claro o grau de incompreensão mútua que tinha se passado entre os dois homens.
APRESENTAÇÃO ATO 2
No dia 29 de setembro de 2006, um avião da Gol se chocou com um jato Legacy nos céus do Mato Grosso. Enquanto o jato conseguiu pousar em seguida, o avião maior se desintegrou no ar, em cima da floresta amazônica. Não houve sobreviventes. O que se seguiu foi uma busca penosa pelos restos mortais das vítimas e uma longa negociação com as famílias.
Mas anos depois, o MP começou uma conversa com um grupo de pessoas afetadas pela tragédia: o povo em cuja terra os destroços do avião tinham caído. E o que parecia um problema ambiental, de retirada de entulho potencialmente perigoso, se revelou muito mais complexo.
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