No primeiro ato: a internet finalmente chegou à Amazônia… e caiu em mãos erradas. Por Juliana Faddul e Rodrigo Pedroso.
No segundo ato: uma lei que virou o coringa da opressão. Por Flora Thomson-DeVeaux.
Durante muito tempo, cidades e povoados na região da Amazônia viviam com pouco acesso à internet. A conexão era lenta e escassa, se é que pegava. Até que, em 2022, a Starlink, empresa de tecnologia de Elon Musk (também dono do finado Twitter, o atual “X”), conseguiu uma autorização do governo brasileiro para operar na região. Neste documento estão os e-mails trocados entre a Starlink e o governo brasileiro, que tivemos acesso via LAI.
Os comércios agora podiam usar as maquininhas de cartão, a internet chegou às casas das pessoas – um direito finalmente adquirido. Mas e se o progresso que esse novo acesso estiver trazendo não for exatamente para o desenvolvimento sustentável da floresta? E se for o contrário?
(Essa história foi produzida com apoio da Earth Journalism Network)
Desde quando é ilegal não fazer nada? E pra quem isso ainda tá valendo? Numa conversa com o professor Paulo Cruz Terra, fizemos um passeio jurídico (juramos que essa frase não é um oxímoro) do século XIV até o presente para entender uma lei multissecular que reluta em ficar obsoleta.
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