No primeiro ato: a família Anunciação, fora e dentro das cordas. Por Flora Thomson-DeVeaux
No segundo ato: um carnaval de muitos animado por um bloco de um homem só. Por Évelin Argenta
APRESENTAÇÃO ATO 1
O carnaval de Salvador já é conhecido pela separação entre camarote e pipoca, entre os abadados e os descamisados. Mas não bastava a barreira econômica: no começo dos anos 90, os blocos de trio elétrico tinham um processo seletivo bastante elaborado, que envolvia mandar uma ficha com foto e endereço. O crivo, surpreendendo um total de zero pessoas, acabava excluindo pessoas negras e moradores da periferia – tinha até quem pegasse “emprestado” um endereço mais abastado para tentar burlar o esquema. Mas quando ele viu os filhos sendo rejeitados nesses processos seletivos, Alcindo Anunciação resolveu tomar um passo mais radical: ele decidiu que iam fundar o próprio bloco de trio.
APRESENTAÇÃO ATO 2
No carnaval de 1919, um homem resolveu fazer sua própria festa. Munido de uma placa de isopor e um cabo de vassoura, o repórter Júlio Silva criou o Bloco do Eu Sozinho. Durante os dias de festa, Julio andava só pelas ruas do Rio de Janeiro distribuindo amostras de marchinhas e poesias. O curioso é que nas páginas dos jornais da época o Bloco do Eu Sozinho era retratado de uma maneira bem diferente.
Eu Sozinho from Cena Tropical on Vimeo.
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