No primeiro ato: a chegada de um novo vizinho. Por Bia Guimarães e Thayssa Rios.
No segundo ato: um relato de quem vê de perto a expansão eólica no Brasil. Por Bárbara Rubira.
APRESENTAÇÃO ATO 1
500 metros
Na metade de 2023, depois de quase 20 anos funcionando no mesmo lugar, a equipe e os frequentadores do único CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) de Niterói começaram a se preparar para mudar de endereço. A nova casa ficava a menos de um quilômetro de distância, e a mudança tinha tudo para ser relativamente tranquila –ou menos complicada do que mudanças costumam ser. Eles só não imaginavam que estavam prestes a enfrentar protestos dos novos vizinhos, abaixo-assinados, e até um projeto de lei na Câmara Municipal.
(Essa história foi produzida com o apoio do Instituto Betty e Jacob Lafer e do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, IEPS, organização que contribui para o aprimoramento de políticas públicas para a saúde no Brasil e que é responsável pela Secretaria Executiva da Frente Parlamentar da Saúde Mental no Congresso Nacional.)
Jornal do CAPS AD Alcenir Veras, escrito por usuários e profissionais do serviço. Foto ©Reprodução.
APRESENTAÇÃO ATO 2
Vento no litoral
A energia eólica hoje representa quase 15% da matriz elétrica brasileira. Com a necessidade urgente de descarbonizar a matriz energética a nível mundial para conter o aquecimento do planeta, espera-se que essa fatia cresça ainda mais nos próximos anos. Especialmente na região Nordeste, que hoje concentra quase 90% da geração eólica do Brasil.
No litoral do Piauí, o potencial de geração eólica tem atraído investimentos de empresas de energia. Na última década, no município de Parnaíba, a comunidade pesqueira da Pedra do Sal viu o território onde vive há gerações ser transformado com a instalação dos aerogeradores. E os impactos negativos dos parques eólicos na paisagem e no modo de vida local têm gerado reclamações de quem vive no entorno.
Aerogeradores do Complexo Delta vistos da estrada PI-116, que liga o centro de Parnaíba à Pedra do Sal.© Bárbara Rubira
Foto tirada do portão da casa do pescador Zé Bureta.© Bárbara Rubira
Algumas casas da Pedra do Sal, com torres eólicas ao fundo.© Bárbara Rubira
(Essa história foi produzida com o apoio da Thomson Reuters Foundation. O conteúdo é de inteira responsabilidade da Rádio Novelo.)
A história "500 metros" foi produzida com o apoio do Instituto Betty e Jacob Lafer e do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, IEPS, organização que contribui para o aprimoramento de políticas públicas para a saúde no Brasil e que é responsável pela Secretaria Executiva da Frente Parlamentar da Saúde Mental no Congresso Nacional.
